Os sonhos que escrevi
Eu desespero, no meu abandono,
Sabendo que o destino me negou.
Bem sinto, as folhas secas de Outono,
A Vida (triste Vida!) que sobrou.
...E tempo houve, que saí do sono
Aonde a minha Alma mergulhou.
Senti Amor, vivi... e veio o dono
De outra Primavera e me afogou.
Desejei, tão só, a contemplação
Da flor nascida no meu coração...
Muros de raiva, que o Céu ergueu,
Impedem que jamais eu possa olhar
O canteiro, de flores, a perfumar
Os sonhos que escrevi no azul do Céu.
SOL da Esteva
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