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sábado, 31 de agosto de 2019

Sedução




Dá imenso encantamento
Um sorriso de mulher.
Doce brisa ou forte vento
Nos conduz como ela quer.

Jamais restará tristeza 
Se a não volto a encontrar,
Pois tais raios de beleza
Só a mulher pode dar.

Passageira é a paixão
Quando não leva ao Amor.
Decida o coração

E venha, seja o que for,
Como a própria sedução.
Haja silêncio ou clamor.


SOL da Esteva

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sábado, 24 de agosto de 2019

Humildes

 
 


As pessoas pensam no que são
Sem pensar em quem é diferente.
...Muito triste ter-se um coração
Que não se enxerga olhando de frente.

Creio que é assim a maioria
Que apenas mira com seus olhos
Escondendo a sua cobardia,
Pois aos demais lançam nos escolhos.

Oh, quanta miséria na grandeza
Que colocam na sua pessoa.
São tão altos na sua pobreza

Que os humildes, ricos no saber,
Sentem ser o Bem a coisa boa
Porque é arma que os faz vencer.


 

SOL da Esteva

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sábado, 17 de agosto de 2019

Gente sem idade




Porquê revolta
Em lugar do Amor?

Sabemos que a Alma eleva
O Ser que somos
Na Vida que lhe pomos.
Com ela doamos
Dignidade
E nos suportamos na tristeza.

Então porquê tanta revolta?
Porque, nós mesmos, não podemos
Recuar no tempo que não volta
E não aumentamos o que ainda temos.


Incompreendidos,
Fechamos os segredos
E nos prendemos,
Como lapas a rochedos.

Sejamos como a rosa
Que brota desde um botão
E perfuma o ar.
Vivamos,
Abramos o coração,
Deixando cair pétalas de Vida.
Já exalamos o nosso perfume
No curso do passado.
Será que já a sentimos perdida
Como chama esquecida
Que não aquece com seu lume?

Não!
Não morramos assim
A esquecer a identidade.

Nós, somos nós!
Novos ou mais antigos,
Gente sem idade
Que vence lutando
E morre sorrindo.
Derrote-se o asco
Da sociedade
Onde escasseiam amigos.


SOL da Esteva

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sábado, 10 de agosto de 2019

Mitos





Caminho nos bicos dos pés
Para te ver,
Que o ver-te será pecado.

Oh, caminhos cegos
Por onde me alongo
E ribombo
No estrépito dos silêncios e egos.
Mísero estado.

Torno-me preso do Amor
Porque te amo tanto
Sem ser notado.

Temo
Os silêncios que não tenho,
Gritos,
Blasfémias e precações.
Seguro-me nas Orações
Que são meus mitos.

Calcam-me aos pés.
Apontam-me
Culpas que não entendo,
Só porque te amo e sofro não te vendo.

Saído do sentir onde chafurdo,
Retorno á Paz.
Morri ou fiquei surdo?
Sonhei ou acordei?
Os olhos vêem (eu não te vi!)
O que não é fantasia,
Uma flor abrir-se no raiar do dia.

Docemente,
Tudo se refaz.
Volto a andar pelos meus pés
Sem poder dizer-te o que senti.
Mas dentro do peito
Mortificado e desfeito,
Sinto tanto ardor de Amor
Que me esqueci
Do meu despeito.


SOL da Esteva

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sábado, 3 de agosto de 2019

Tropa





Não mora em meu Ser o sentimento
Que cobra, do que sois, a gratidão.
Mas dói pensar assim. É meu tormento
Em haver confiado na ilusão.

Guardei-vos por filhos, irmãos, amigos,
Guiei-vos no destino em recto rumo.
Acreditei ser guia (sois testigos)
Nas ânsias, nas saudades ou aprumo.

Mas quis o fim do tempo separar-vos
Ficando eu vazio de vós mesmos.
Não pude, em verdade, encontrar-vos

Ou as minhas mensagens escrever.
Agora os anos vão abandonar-vos
E até o meu silêncio é Dever.


SOL da Esteva

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