SEJAM MUITO BEM VINDOS A ESTE BLOG!--------ABRAÇOS,------SOL da Esteva

sábado, 27 de janeiro de 2018

O muito que ainda dói




Dentro da armadura,
A carne vive,
O sangue corre,
O coração bate...
A vida existe, fremente
Dentro do aço fulgente.

A armadura,
Criada para a luta,
Esconde medos
E a falsa coragem
Que a mais leve aragem 

Disputa.

Os riscos da frente aberta
Perdem-se na hora incerta,
Na couraça ou na trapaça
Que o medo tornou herói.

Eu sou cobarde de raça,
Sentindo tanta desgraça
Crescendo na escuridão.

...O que mais reveste o coração,
É o muito que ainda dói!


SOL da Esteva

Etiquetas: , , ,

sábado, 20 de janeiro de 2018

Sentimos nós




O teu olhar flamejou, indiferente e vago
Num misto de ardor,
Verdade infinita,
Paz interior...
Todo o sofrimento
Esconso nesse olhar,
É denunciado no teu peito,
Pela ansiedade de amar...

... O teu corpo, sedutor,
Afago mansamente.
Ofereço o meu Amor,
O meu pensamento,
A ternura de mim...

Podes repousar!

Eu sou o nada que se dá,
Debaixo do espaço imenso,
Nos segredos do amanhã:
Alegria, tristeza,
O que é real
E o impossível.

Nada mais é palpável sob o Céu
E o sentir não se vê.
Sentimos nós, sinto eu...


SOL da Esteva

Etiquetas: , ,

sábado, 13 de janeiro de 2018

Privação

                                      

 

Nada mais resta, no peito, que a saudade,
Não do tempo, mas de ti, como eu anseio.
E ter-te em meus braços, na realidade,
Preencheria o vazio devaneio.

Eu sofro e tu sofres por essa verdade
Que nos afasta, une, ou guarda no seio.
Tanto se queimou da nossa mocidade
Que já pouco resta do nosso passeio.

Eu, por nós ambos, lamento esta tristeza
Que a outros corresponde a pouca sorte...
Sentidamente, proclamo: venha a morte!

Que paire, sobre nós, a doce leveza
Sem oprimir, assim tanto, o coração
Que lentamente se esvai de privação.



SOL da Esteva

Etiquetas: , , ,

sábado, 6 de janeiro de 2018

Por tanto Amor




Quero lembrar-me desse olhar tão triste
E desvendar as causas dessas mágoas;
Quero saber (e a tanto me assiste)
Se és transparente e clara como as águas.

Quero sentir se, na verdade, existe
A loucura que o senso não apaga.
Bebendo os beijos, que me permitiste,
Mitigou a sede e a Alma afaga.
    
Mas se morreu, no mundo, o teu Amor,
Nada terei que mate tanta dor,
Nem o sorriso volta a ter sentido.

Quero escolher remédio para ti,
Por tanto Amor que contigo vivi,
Sentindo poder tê-lo por perdido.


SOL da Esteva

Etiquetas: , , ,