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sábado, 27 de novembro de 2021

Flor dos que semeiam

                                                    © SOL da Esteva - Acordar Sonhando

 

As pessoas já não veem
Muito além do meu lamento.
Com certeza que não teem
Bom juízo ou sentimento.

Quanto valem as palavras
Nas lágrimas que já secaram?
Para que servem as lavras
Sem as dores que as semearam?

Por isto, me sinto triste,
Não da dor que vem e vai
Mas no sentir que persiste

Naqueles que me rodeiam.
O Poema que me sai
É a flor dos que semeiam.


SOL da Esteva

 

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sábado, 20 de novembro de 2021

Sou o Filho que voltou!

                                                     © SOL da Esteva - Acordar Sonhando 


Há dias passou outro aniversário
Das mortes que o traidor anunciou.
Revi, a desfiar como um rosário,
Mágoas, dores e angústias que criou.

Muitas Mães suportaram dor atroz
Num trauma que a traição lhes provocou;
E o filho vil da raiva mais feroz
Foi notado na Nação que atraiçoou.

O belo sentimento mais humano
Que designamos de Amor verdadeiro,
Nunca se houve em tal, nem ali morou.

A minha Mãe perdeu-me neste engano
Pelas palavras de tal trapaceiro...
E eu, sou o Filho que voltou!



SOL da Esteva

Aniversário dos acontecimentos de 16Nov1964, na Guerra do Ultramar Português, Guiné-Ilha do Cômo em Homenagem aos Militares do PMort 912 e englobando a CCaç557, que, nessa noite, “fomos” Massacrados, segundo a Notícia/Propaganda difundida na Rádio Argel (Relato na Pág 69 e seguintes do livro "A Guiné no meu tempo"- Edição Chiado Books)

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sábado, 13 de novembro de 2021

Tempo que um dia é esquecido

                                                    © SOL da Esteva - Acordar Sonhando
  

O meu corpo físico é ninho
Que alberga a Alma e a segura;
Acolhe as lembranças de menino
Guardadas em tempos de ternura.

Mas também é campo de batalha
Em horas menos boas, que trazem       
Dores num espectro de mortalha
Que tanto abatem e malfazem.

Ó ave da Alma, que aspiras
A leveza do azul do Céu,
Pousa no meu galho ressequido

E trina os desejos que suspiras,
Arrola o canto que é só meu
Em tempo que um dia é esquecido.


SOL da Esteva

 

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sábado, 6 de novembro de 2021

O silêncio

                                                  © SOL da Esteva - Acordar Sonhando



Quando eu escuto um som de voz
Sempre me assumo no contexto.
Sinto, no falar , algo de nós
A ser disputado sem pretexto.

Choro, na minha Alma, as palavras
Que injustamente amordaçam
Toda a verdade feita nas lavras
E que os sentimentos despedaçam.

Assim, eu me mantenho calado
Na minha vontade de gritar.
Nada vale, nem liberta o fado

Recebido ao tomar a Vida.
O silêncio irá perdurar
Sem que a minha dor seja esquecida.

 
   
SOL da Esteva

 

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