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sábado, 19 de julho de 2025

O Amor desponta


 

É bom ter amor, mesmo a sonhar.
Porque amar, na verdade, é um sonho. 
A realidade ao acordar
Pode indiciar um Ser bisonho...

Mas, de peito aberto e consciente,
Isto é a semente que Deus deu.
Aprender a amar, bem, docemente,
É um Dom da Alma e do Céu.

Permaneça o senso e a verdade
E o Amor desponta como flor.
Corações isentos de vaidade,

São matéria-prima de moldar 
Para se recriar com primor
E um monumento edificar. 

 
SOL da Esteva

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sábado, 7 de junho de 2025

O Pão

 

Quem me dera ser ceifeiro
Duma ceara dourada...
Ter trigo no meu celeiro
E a Alma sossegada.

É que o pão que a gente come
Sabe a suor e a dor.
E a gente se consome
Por uma vida melhor...

Boa seria a ventura
Da vivência, equilibrada
Numa justiça segura,

Com o pão que alimenta.
Talvez não reste mais nada,
Porque ninguém nos sustenta.


SOL da Esteva

 

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sábado, 31 de maio de 2025

Alma

 

 

Alma. Ente sem matéria
Com origem no passado,
Não esquece que a miséria
Continua lado a lado.

E porque vive chorando
Cada passo, cada dia,
Vai-se, também, desgastando
Sem almejar alegria.

A Alma de cada um
Vale mais que todo o ouro,
De quem tem muito ou nenhum.

Porque a riqueza é um Bem,
Sendo a Alma o seu tesouro,
Cada Ser a guarde bem.


SOL da Esteva

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sábado, 24 de maio de 2025

Deus concedeu

 

 

Por seres a minha extensão
Do tempo que vou passando,
Sinto, no meu coração,
Seres a ave esvoaçando.

Não te assustes. Sê serena
Na vida que possas ter,
Porque terei muita pena
Se algo te acontecer.

Redescobre a identidade
Que tanto orgulho deu.
Saberei serem verdade

As dicas vindas do Céu,
Já que a realidade
É quanto Deus concedeu.


SOL da Esteva

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sábado, 17 de maio de 2025

Havendo trigo...


 

Havendo trigo, há pão
A saciar muita fome...
Quem não trabalha não come
Sem estender sua mão.

Bendita a Caridade
Na harmonia da gente.
Deixar feliz e contente
Quem tem fome de verdade,

Será gesto de irmandade
Que dignifica e eleva
Cada Ser que saiba dar.

Sejamos pura verdade
E apaguemos a treva
Que teima connosco estar.



SOL da Esteva

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sábado, 3 de maio de 2025

O Amor é um grito


 

Sobram, sòmente palavras,
Na descrição do Amor;
Faltarão obras e lavras
Por definição melhor.

O amar, é um estado
Que levanta o sentimento
E não quer ser magoado.
Haja doçura e alento

Dividido por quem ama!
O Amor, é um grito nobre
De entrega e de magia.

Tudo nele se derrama
Sem haver nada que sobre
Além de grande alegria.       


SOL da Esteva

 

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sábado, 5 de abril de 2025

Quando a Alma se esquiva

 

 

Finalmente, as celebrações
Do tempo que passa ou que passou.
Haja festa rija e ovações
A somar ao tempo que sobrou.

Tempo de alegrar os corações,
Abordar os sonhos e os feitos
E deixar seguir as ilusões
Porque o tempo, em si, não tem defeitos.

Abracemos quanto nós vivemos
E guardemos por memória viva
O que nos é grado e conhecemos.

Seja dia ou noite, tudo é glória,
Mesmo quando a Alma se esquiva
Da vida que fez a nossa história.


SOL da Esteva

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sábado, 29 de março de 2025

O tempo que nos resta


 

O tempo, é rotineiro
Porquanto retira alento
Ao que foi amor primeiro,
Deixando o tempo sem tempo.

Parece que o passado
É tempo de outra gente,
Mas que nos tem assolado
Sem nunca olhar de frente.

Os olhos que o tempo tem,
São os mesmos que nos viram
E que, sem tempo, seguiram

O nosso Amor por alguém.
Ah! o tempo que nos resta,
Seguramente, é de festa!...



SOL da Esteva

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sábado, 4 de janeiro de 2025

Virtude sublime

 

Eu gostava de vir a ser Poeta
Com a batuta da honestidade.
Queria dirigir toda a verdade
Sem ter por condição estar na meta.

O que eu vejo e oiço, é o destino
Fundido em palavras que torturam.
As vozes são os versos que murmuram
Os segredos da Paz e do meu hino.

Eu sei que amanhã é outro dia;
Sou grato na esperança de chegar.
Quem me dera um Poema de alegria

Que também me viesse acalentar.
Eu sei que cada Alma tem seu Guia
Com a virtude sublime de Amar.


SOL da Esteva

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sábado, 7 de dezembro de 2024

Neste resto de caminho

 

Deus guarde a minha mãezinha
No seu lugar destinado.
...Quanta saudade já tinha
Dum doce abraço apertado.

Porque a hás recolhido
Na celestial mansão,
Não sei se serei ouvido
Ao pedir-te em oração:

Mantém-na perto de mim
Neste resto de caminho,
Seguramente curtinho.

Se eu a sentir assim   
Na minha proximidade,
Saciarei a saudade.



SOL da Esteva 

 

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sábado, 23 de novembro de 2024

Poesia é Amor


 

Poesia, é um rumo doce
Feito de versos e subintenções.
Mesmo que o desejo apenas fosse
Um elo que une os corações

Sem o fito de apaixonar,
A Poesia é o caminho
Por onde teremos de passar,
Para segurarmos o carinho.

Pois é! Poesia é Amor,
É Vida como a queremos ter,
É esperança ou o que for

Credível, sem ser certo saber
Para além do esconso temor,
Que a paixão pode estar a nascer.


SOL da Esteva

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sábado, 19 de outubro de 2024

Um lugar melhor

 

É bom que o nosso coração
Se sinta unido aos demais,
Com imenso amor e compaixão
Pelos que, na vida, são iguais.

Ter bom coração, é ser aberto,
É saber sentir os sofredores
Como sem abrigo num deserto,
Onde as miragens são favores.

Não se alimentem ilusões
Com as coisas falsas, sem valor.
Penhorar os nossos corações

Para edificar e construir
Um lugar melhor, é o penhor
De ter ao lado um triste a sorrir.


SOL da Esteva

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sábado, 12 de outubro de 2024

Um sorriso




Abrir sorrisos, tem valor de ouro  
Ao somar-se o sublime da intenção.
Jamais deixou de ser um bom tesouro
Que bem sacia a Alma e o Coração.

Suspeita-se que haja coisas velhas
Que já não servirão a mais ninguém.
Apagar pensamentos sem as telhas,
Como o pó, se esvairão também.

O límpido riacho que nos banha,
Alimenta os sonhos que sobraram,
Tornando a nossa vida uma façanha.

Ilusões? Partiram! Não mais voltaram.
É mais precioso todo o Amor que ganha
Um sorriso que tantos invejaram...


SOL da Esteva

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sábado, 28 de setembro de 2024

Desvelo

 

 

Disseram-me que iria ter vaidade
Do que fui, do que era e do que sou.
Reconheço! Em parte é verdade,
Pois nem a minha alma o negou...

Ainda, em bons momentos, boas horas,
Tive dúvidas nos meus desesperos.
Quando me perguntavam: porque choras?
Concordei que a vida é de exageros.

Só saberei dizer do meu desvelo,
Por ele estar em mim em todo o tempo;
Nasceu comigo e não vou esquecê-lo

Porque é, na minha Alma, que ele mora.
...São actos naturais, um passatempo,
A secar as lágrimas a quem chora.


SOL da Esteva

 

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sábado, 14 de setembro de 2024

Cega calma

 

 

Tive dó de mim, por ser tão triste
Eu querer mostrar que era forte.
Quis provar que a bondade existe
E está connosco até á morte.

Mas, viver assim a vida inteira
Sem que alguém ouse perceber,
Até mesmo quem é hospedeira
Do Amor do meu amanhecer?

É triste, no âmago da Alma,
Eu reconhecer coisas tão belas.
Mas quem delas tem os usufrutos

Vive-os na sua cega calma.
E as Almas? O que será com elas?
Manter-se-ão Amores absolutos?


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