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sábado, 27 de janeiro de 2018

O muito que ainda dói




Dentro da armadura,
A carne vive,
O sangue corre,
O coração bate...
A vida existe, fremente
Dentro do aço fulgente.

A armadura,
Criada para a luta,
Esconde medos
E a falsa coragem
Que a mais leve aragem 

Disputa.

Os riscos da frente aberta
Perdem-se na hora incerta,
Na couraça ou na trapaça
Que o medo tornou herói.

Eu sou cobarde de raça,
Sentindo tanta desgraça
Crescendo na escuridão.

...O que mais reveste o coração,
É o muito que ainda dói!


SOL da Esteva

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17 Comentários:

Blogger Larissa Santos disse...

Muito belo o seu poema. Parabéns Poeta!

Bjos
Sábado feliz.

27 de janeiro de 2018 às 11:50  
Blogger Fá menor disse...

Por vezes fazemos assim, revestimo-nos de uma couraça para parecer fortes, mas ninguém sabe o que vai dentro.

Beijinhos, amigo!

27 de janeiro de 2018 às 12:55  
Blogger  _ Gil António _ disse...

Muito belo o poema. Quantas vezes não vestimos certas "armaduras" a fim de nos defendermos do "agressor que até se pode chamar... AMOR.
.
* Doce paisagem do teu sorriso, qual azul do Mar *
.
Deixando votos de um fim de semana muito feliz
Boa tarde

27 de janeiro de 2018 às 15:26  
Blogger Janita disse...

Quanta verdade há neste teu poema, SOL!

Por vezes, vestem-se couraças e armaduras de defesa, para que não se vejam expostas as dores que vão na alma.

Um belíssimo poema como sempre escreves.
Um abraço amigo e votos de bom Domingo.

Janita

28 de janeiro de 2018 às 00:10  
Blogger La Gata Coqueta disse...

La armadura es un doble filo a la belleza y a la tortura que envolverá el restos de los días a un corazón lleno de pesares irremediables...

Un fuerte abrazo y un feliz día de descanso!!

Mari

28 de janeiro de 2018 às 11:40  
Blogger Lua Singular disse...

Oi Sol,
De nada vale a armadura se o sangue escorre, nela cai o canhão ceifando a vida.
Mas, se vivo as lembranças são doloridas.
Lindo demais
Beijos no coração
Lua Singular

28 de janeiro de 2018 às 18:05  
Blogger Célia disse...

Uma falsa coragem, depois de anunciada e confessada em belo poema, torna-se alimento vivificador para almas que sofrem do mesmo diagnóstico!
Abraço.

28 de janeiro de 2018 às 18:38  
Blogger manuela barroso disse...

...Mas este medo é sinónimo de defesa, sinónimo de uma construção de coragem que existiu apesar da couraça onde se refugiava.
Grande poema
Obrigada por ser companheiro de meus companheiros, Sol, carísimo amigo
Beijinho

28 de janeiro de 2018 às 22:13  
Blogger A Casa Madeira disse...

Mas que o sangue corre e o
coração bate isso é inegável.
Boa semana.

29 de janeiro de 2018 às 20:41  
Blogger Majo Dutra disse...

«O muito que ainda dói»
Gratíssima por recordar, estimado poeta.
Gostei muito do seu poema de ex-combatente.
Grande abraço, Sol amigo.
~~~~~~~~~~

29 de janeiro de 2018 às 21:59  
Blogger M. disse...

Poema sentido e marcadamente masculino!

30 de janeiro de 2018 às 11:38  
Blogger Louraini Christmann - Lola disse...

Sobrevivo em meio a dor da perda do filho amado.
Estou me dando o direito de viver o luto como preciso.
Sabiamente, dizia minha mãe, que o luto leva um ano, o
ano das "primeiras vezes", primeiro aniversário sem ele,
primeiro Natal sem ele, primeira virada de ano, primeira
praia... A dor é intensa. Intensa é a saudade...
Perdão pela ausência. Volto aos poucos. Ainda não sei fazer
poesia que não fale na saudade. Mas elas virão. Eu tenho certeza.
E aqui estarei compartilhando contigo.
Muito obrigada pelo teu carinho.

31 de janeiro de 2018 às 10:46  
Anonymous Anónimo disse...

Ainda que a dor esgarce as fibras do coração, o sangue escorra das artérias, mas que continue pulsando,logo estará apto para novamente amar.
Obrigada por compartilhar tão belos versos!

Bjs amigo Sol

31 de janeiro de 2018 às 16:42  
Blogger Jaime Portela disse...

Não há armaduras que valham a um cobarde...
Mas é valentia escrever assim, num poema brilhante que encanta o leitor.
Parabéns por este talentoso poema.
Continuação de boa semana, caro amigo.
Abraço.

1 de fevereiro de 2018 às 18:09  
Anonymous Arte & Emoções disse...

Olá amigo! Mais uma vez me faço presente para me deliciar com a leitura de um belo e profundo poema. Há marcas que ficam e doem para sempre.

Voltando para renovar meus votos de um Feliz 2018 e matar as saudades dos amigos.

Abraços,

Furtado

1 de fevereiro de 2018 às 19:24  
Blogger Maria Rodrigues disse...

As dores mais difíceis de passar, são as da alma.
Belíssimo poema
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco

2 de fevereiro de 2018 às 18:51  
Blogger Olinda Melo disse...

Caro Sol

Há passagens da vida que ficam para sempre. Ainda que se viva o dia-a-dia a dor continua lá, as imagens persistem. E as mágoas, essas, visitam-nos sempre.

Abraço

Olinda

3 de fevereiro de 2018 às 10:36  

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