O muito que ainda dói
Dentro da armadura,
A carne vive,
O sangue corre,
O coração bate...
A vida existe, fremente
Dentro do aço fulgente.
A armadura,
Criada para a luta,
Esconde medos
E a falsa coragem
Que a mais leve aragem
Disputa.
Os riscos da frente aberta
Perdem-se na hora incerta,
Na couraça ou na trapaça
Que o medo tornou herói.
Eu sou cobarde de raça,
Sentindo tanta desgraça
Crescendo na escuridão.
...O que mais reveste o coração,
É o muito que ainda dói!
SOL da Esteva
Etiquetas: O muito que ainda dói, Poemas de Amor, Poemas de Guerra, Poesia da Vida
17 Comentários:
Muito belo o seu poema. Parabéns Poeta!
Bjos
Sábado feliz.
Por vezes fazemos assim, revestimo-nos de uma couraça para parecer fortes, mas ninguém sabe o que vai dentro.
Beijinhos, amigo!
Muito belo o poema. Quantas vezes não vestimos certas "armaduras" a fim de nos defendermos do "agressor que até se pode chamar... AMOR.
.
* Doce paisagem do teu sorriso, qual azul do Mar *
.
Deixando votos de um fim de semana muito feliz
Boa tarde
Quanta verdade há neste teu poema, SOL!
Por vezes, vestem-se couraças e armaduras de defesa, para que não se vejam expostas as dores que vão na alma.
Um belíssimo poema como sempre escreves.
Um abraço amigo e votos de bom Domingo.
Janita
La armadura es un doble filo a la belleza y a la tortura que envolverá el restos de los días a un corazón lleno de pesares irremediables...
Un fuerte abrazo y un feliz día de descanso!!
Mari
Oi Sol,
De nada vale a armadura se o sangue escorre, nela cai o canhão ceifando a vida.
Mas, se vivo as lembranças são doloridas.
Lindo demais
Beijos no coração
Lua Singular
Uma falsa coragem, depois de anunciada e confessada em belo poema, torna-se alimento vivificador para almas que sofrem do mesmo diagnóstico!
Abraço.
...Mas este medo é sinónimo de defesa, sinónimo de uma construção de coragem que existiu apesar da couraça onde se refugiava.
Grande poema
Obrigada por ser companheiro de meus companheiros, Sol, carísimo amigo
Beijinho
Mas que o sangue corre e o
coração bate isso é inegável.
Boa semana.
«O muito que ainda dói»
Gratíssima por recordar, estimado poeta.
Gostei muito do seu poema de ex-combatente.
Grande abraço, Sol amigo.
~~~~~~~~~~
Poema sentido e marcadamente masculino!
Sobrevivo em meio a dor da perda do filho amado.
Estou me dando o direito de viver o luto como preciso.
Sabiamente, dizia minha mãe, que o luto leva um ano, o
ano das "primeiras vezes", primeiro aniversário sem ele,
primeiro Natal sem ele, primeira virada de ano, primeira
praia... A dor é intensa. Intensa é a saudade...
Perdão pela ausência. Volto aos poucos. Ainda não sei fazer
poesia que não fale na saudade. Mas elas virão. Eu tenho certeza.
E aqui estarei compartilhando contigo.
Muito obrigada pelo teu carinho.
Ainda que a dor esgarce as fibras do coração, o sangue escorra das artérias, mas que continue pulsando,logo estará apto para novamente amar.
Obrigada por compartilhar tão belos versos!
Bjs amigo Sol
Não há armaduras que valham a um cobarde...
Mas é valentia escrever assim, num poema brilhante que encanta o leitor.
Parabéns por este talentoso poema.
Continuação de boa semana, caro amigo.
Abraço.
Olá amigo! Mais uma vez me faço presente para me deliciar com a leitura de um belo e profundo poema. Há marcas que ficam e doem para sempre.
Voltando para renovar meus votos de um Feliz 2018 e matar as saudades dos amigos.
Abraços,
Furtado
As dores mais difíceis de passar, são as da alma.
Belíssimo poema
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Caro Sol
Há passagens da vida que ficam para sempre. Ainda que se viva o dia-a-dia a dor continua lá, as imagens persistem. E as mágoas, essas, visitam-nos sempre.
Abraço
Olinda
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