Meu celeiro

 

As palavras que me dizem,
Recebem sempre um sorriso,
Mesmo quando contradizem
Tristes faltas de juízo.

Palavras? São o que são
Quando sentidas e belas.
Ditadas, do coração,
Ultrapassam as janelas

E se vão no horizonte...
Elas serão minha fonte
A jorrar o tempo inteiro

Vindo a sede mitigar.
Assim, eu fico a sonhar
E a encher o meu celeiro.


SOL da Esteva
 

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M

T

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Boa semente

 

A Vida não faz promessas
Nem altera o teu destino.             
Mesmo que muito lhe peças,
Não desvia o seu caminho.

Sabe bem! A gente boa
Vive sem pressas, na hora,
Como se fora canoa
A vogar no rio afora.

Que havemos de fazer?
Nós sabemos que assim é
Desde o acto de nascer...

Tenhamos em boa mente
Que não será o banzé
Que dará boa semente.


SOL da Esteva

Estranho sabor

 

Ser sensível, custa imenso                       
Porque dói a cada hora...
Um sorriso, como o penso,
Muitas vezes se demora

Apenas no pensamento.
Ai quem me dera mantê-lo
Na Alma, a cada momento,
Mesmo que só por desvelo

E sofregar o Amor.
Ser sensível, é ter dor
Quando o sorriso é aberto,

Ou quando o interior
Tem o estranho sabor
Das poeiras do deserto.



SOL da Esteva
 

Virtude sublime

 

Eu gostava de vir a ser Poeta
Com a batuta da honestidade.
Queria dirigir toda a verdade
Sem ter por condição estar na meta.

O que eu vejo e oiço, é o destino
Fundido em palavras que torturam.
As vozes são os versos que murmuram
Os segredos da Paz e do meu hino.

Eu sei que amanhã é outro dia;
Sou grato na esperança de chegar.
Quem me dera um Poema de alegria

Que também me viesse acalentar.
Eu sei que cada Alma tem seu Guia
Com a virtude sublime de Amar.


SOL da Esteva