SEJAM MUITO BEM VINDOS A ESTE BLOG!--------ABRAÇOS,------SOL da Esteva

sábado, 16 de novembro de 2019

Nem tiveram pudor & "Post mortem"



Nem tiveram pudor


Foi há muitos, muitos anos,
Nesta data e neste dia
Que certa fonte de enganos
Lá, desde Argel, nos dizia:

"O Cômo foi libertado
E não há sobreviventes".
O meu Dever de Soldado
Seria partir-lhe os dentes.

Dos Portugueses traídos,
Muita mágoa, imensa dor
Por todos os foragidos

Que seu Dever não tomaram
E não tiveram pudor
Dos irmãos que atraiçoaram.


Santos Oliveira
16NOV2019
(*) Reporte, pág. 70/71 in "A Guiné no meu tempo..."



"Post mortem" 


Vou celebrar neste dia
Cinquenta e cinco de vida
Acima do que previa
Um certo herói fratricida. (*)

Na sua alocução,
Ditou o Cômo arrasado.
Não posso dar-lhe perdão,
Por ter sido atraiçoado.

Decerto, Nino Vieira
Confiou nos seus Cubanos
E tomou a dianteira,

Sem contar que os enganos
São a hipótese primeira
A tomar quando falamos.


Santos Oliveira
16NOV2019
(*) Reporte pág. 70/71 do in "A Guiné no meu tempo..."

Etiquetas: , , , ,

19 Comentários:

Blogger Larissa Santos disse...

Bom dia. Adorei as suas poesias ;))Parabéns.

Hoje -:-Sentimentos entrelaçados.

Bjos
Votos de um óptimo Sábado:))

16 de novembro de 2019 às 11:27  
Blogger Manuel disse...

Caro amigo, vim matar saudades e deliciar-me com a poesia que as musas lhe inspiraram. Continua, na minha opinião, um grande poeta. A poesia corre nas suas veias, faz parte da vida.
Eu, como dizia o poeta, carpindo as dores, vou tentar recomeçar a publicar alguns contos, mas as ferias ainda sangram muito.
Um abraço

16 de novembro de 2019 às 14:28  
Blogger Manuel disse...

Peço desculpa escrevi feridas e o corretor escreveu ferias.

16 de novembro de 2019 às 14:29  
Blogger Cidália Ferreira disse...

Boa tarde!
Dois magistrais poemas que amei ler!! :)
-
Pensamentos que voam ...
Beijo e um bom fim de semana!

16 de novembro de 2019 às 15:30  
Anonymous Alfacinha disse...

Essa guerra acabou como todas as guerras em amargura mas confesso esses dois poemas sobre a guerra, eram até agora uma mancha cega para mim.
Abraço

16 de novembro de 2019 às 17:52  
Blogger La Gata Coqueta disse...

La amargura se cierne en el pensamiento deteniendo el tiempo...
Pero la experiencia nos enseña que hay que continuar mirando hacia adelante intentando que el ayer no vuelva a ser presente...

Un fuerte abrazo y un feliz fin de semana!

Mari.

16 de novembro de 2019 às 22:21  
Blogger Lua Singular disse...

Oi Sol
A guerra nos traz dor, saudade de amigos que morreram.
Mas, fica uma saudade gostosa.
Só o tempo...
Beijos

16 de novembro de 2019 às 23:27  
Blogger Hada de las Rosas disse...

Querido amigo, suas poesias son muito sentidas mesmo. Gusto mucho de estas reflexiones y esa mirada sumamente particulares y personales suyas. Abraco grande y buen fim de semana.

17 de novembro de 2019 às 00:52  
Blogger María disse...

Intensa poesía.

Besos.

17 de novembro de 2019 às 09:31  
Blogger Santos Oliveira disse...

Lamento pela gente que morreu,
Traída por cobardes governados.
A esses, esta Pátria até deu
As Honras destinadas a Soldados.

17 de novembro de 2019 às 17:02  
Blogger SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

Este mundo sem fronteira
Precisa de poesia
Bem da forma que sentia
O tal Santos Oliveira.

Poesia é a maneira
Ou forma de pontaria
De atingir a alma vazia,
Queira a mente ou não queira!

Este embrutecido mundo
Precisa mesmo, no fundo,
Mais solidariedade

Sendo a poesia um meio
De atingir a alma em cheio
E a mente pela metade!

Belíssimos poemas! Parabéns! Grande abraço! Laerte.

18 de novembro de 2019 às 12:48  
Blogger Sinval Santos da Silveira disse...

Poeta, Sol da Esteva !
Meus respeitos a cada verso destes poemas.
Quantas mágoas, neles, são notadas..
Lembranças tristes. lágrimas... meus respeitos, repito.
Um fraternal abraço, amigo, aqui do Brasil.
Sinval.

18 de novembro de 2019 às 13:04  
Anonymous Arte & Emoções disse...

Parabéns Sol! Dois belos sonetos que falam de fatos de uma maldita guerra.

Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.

Furtado

18 de novembro de 2019 às 13:34  
Blogger Mariazita disse...

Dois belos e profundos poemas, que retratam tempos passados, tão doloridos que ainda fazem sofrer só de lembrar.
Um abraço solidário, meu querido.

Feliz Terça-feira e uma boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

19 de novembro de 2019 às 17:31  
Blogger Olinda Melo disse...

Caro Sol da Esteva

Anos e dias de muito sofrimento, inultrapassáveis,
que marcaram vidas para sempre.

O meu abraço solidário, Amigo.

Abraço

Olinda

21 de novembro de 2019 às 11:22  
Blogger Jaime Portela disse...

Dois sonetos com História.
Excelentes, gostei imenso, parabéns pela inspiração.
Caro amigo, um bom resto de semana.
Abraço.

21 de novembro de 2019 às 15:16  
Blogger " R y k @ r d o " disse...

Tanta gente que morrendo
Deixou a família sem alegria
Ainda hoje não entendo
A morte de quem a não merecia
-
Senhores nos gabinetes fechados
A rir-se de quem estava a morrer
Só mortos e enterrados
Por serem tão culpados
Da vida deixar de o ser
.
Maldita guerra, malditas guerras,
.
Cumprimentos poéticos

21 de novembro de 2019 às 18:59  
Blogger CÉU disse...

Olá, amigo Sol!

História passada, mas que ficou na História da gente e na História do nosso país.

Guerra nas ex-colónias portuguesas, tal como todas as atrocidades cometidas. Russos e cubanos sempre deram uma mãozinha, ou melhor, sempre deram muitas minas, que mataram e desfiguraram muitos soldados.

Agora, já não faz sentido, mas noutros tempos, muitos foram os que com ela colaboraram e até lucraram, indo para a bela Angola e Moçambique.

Dias felizes. beijo.

21 de novembro de 2019 às 23:40  
Blogger Sinval Santos da Silveira disse...

Poeta, Sol da Esteva !
Somente Deus sabe a intensidade deste
clamor, dane de tanta dor, mesmo que
passem tantos anos...
Parabéns por registrar, em forma de
poema, Amigo.
Um fraternal abraço, aqui do Brasil.
Amigo !
Sinval.

23 de novembro de 2019 às 19:58  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial