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sábado, 20 de novembro de 2021

Sou o Filho que voltou!

                                                     © SOL da Esteva - Acordar Sonhando 


Há dias passou outro aniversário
Das mortes que o traidor anunciou.
Revi, a desfiar como um rosário,
Mágoas, dores e angústias que criou.

Muitas Mães suportaram dor atroz
Num trauma que a traição lhes provocou;
E o filho vil da raiva mais feroz
Foi notado na Nação que atraiçoou.

O belo sentimento mais humano
Que designamos de Amor verdadeiro,
Nunca se houve em tal, nem ali morou.

A minha Mãe perdeu-me neste engano
Pelas palavras de tal trapaceiro...
E eu, sou o Filho que voltou!



SOL da Esteva

Aniversário dos acontecimentos de 16Nov1964, na Guerra do Ultramar Português, Guiné-Ilha do Cômo em Homenagem aos Militares do PMort 912 e englobando a CCaç557, que, nessa noite, “fomos” Massacrados, segundo a Notícia/Propaganda difundida na Rádio Argel (Relato na Pág 69 e seguintes do livro "A Guiné no meu tempo"- Edição Chiado Books)

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11 Comentários:

Blogger " R y k @ r d o " disse...

Todas as guerras são injustas. A do Ultramar português não foi exceção. Mortes, estropiados, desaparecidos. Jovens que não pediram para ir para a guerra. Não sei se Portugal ganhou alguma coisa com a Guerra a não ser morte e destruição dos seus jovens homens.
Este poema arrepiou-me. Não estive na Guerra do Ultramar. Tive a sorte de ser um mais novo que o fim dessa guerra. Mas fui militar.

Poema de recordação lindíssimo de ler. Deixo o meu aplauso e elogio
.
Cordiais saudações … feliz fim-de-semana
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

20 de novembro de 2021 às 09:10  
Blogger chica disse...

Poema intenso, profundo, lindo e o tema guerras é sempre marcante! Parabéns pela inspiração brilhante! abraços, chica

20 de novembro de 2021 às 09:47  
Blogger Olinda Melo disse...

Tempos obscuros de muito sacrifício dos jovens que partiram
para a guerra e das famílias que ficaram com a dor de os
ver partir, quem sabe se os voltaria a ver.
Uma homenagem para não serem esquecidos aqueles que quase
deram a vida e os muitos que por lá ficaram.
Emocionante o seu soneto, caro Sol da Esteva.
Abraço
Olinda

20 de novembro de 2021 às 13:03  
Blogger madrugadas disse...

Escreves como quem sentiu e se viu em tais andanças.
Também por lá passei e regressei aos braços de minha mãe.
Recordações cruas que nos ferem ainda sem parança.

20 de novembro de 2021 às 14:29  
Blogger Roselia Bezerra disse...

Boa tardinha de sábado, amigo Sol de Estevas!
Estive visitando o monumento em.honra,aí ao lado da torre de Belém.
Graças a Deus, sua mãe não chorou!
As guerras são um massacre para elas também.
Tenha um final de semana abençoado!
Abraços fraternos de paz e bem

20 de novembro de 2021 às 16:25  
Blogger Maria Rodrigues disse...

Palavras profundas num sentido soneto.
Infelizmente quantos jovens pereceram e quantas mães ficaram com o coração dilacerado de dor.
Bom fim de semana
Beijinhos

20 de novembro de 2021 às 17:25  
Blogger Cidália Ferreira disse...

Um poema que retrata a vida em Ultramar. A tropa dura. Os enganos e desenganos. Por fim as surpresas. Acho que fica um trauma para a vida! Gostei do Poema!
-
Não tema... Qualquer tempestade que enfrente ...
-
Beijo e um excelente fim de semana :)

20 de novembro de 2021 às 18:44  
Blogger La Gata Coqueta disse...

Las guerras siempre dividen y destrozan a las familias...
Los pensamientos se dividen y toda una vida se trunca y a veces te preguntas ¿a cambio de que y para quien?
siempre se benefician los que están dando ordenes detrás de una mesa siempre que tengan suerte y no se les descubra el fin...

Un cordial saludo nuevamente amigo!

Mari.

22 de novembro de 2021 às 15:45  
Blogger Teresa Isabel Silva disse...

Porque recordar é importante! Uma partilha bem interessante!

Bjxxx
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22 de novembro de 2021 às 19:27  
Blogger São disse...

A guerra é o pior e mais abjecto dos absurdos!

Abraço ...e ainda bem que houve regresso...

23 de novembro de 2021 às 17:16  
Blogger CÉU disse...

Um poema que relata as recordações de uma guerra, que me parece ter sido desnecessária. No entanto, na época foi precisa, disseram-me.
Felizmente que voltou vivo e são.

Beijos e dias com paz.

26 de novembro de 2021 às 00:37  

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