Sou o Filho que voltou!
© SOL da Esteva - Acordar Sonhando
Há dias passou outro aniversário
Das mortes que o traidor anunciou.
Revi, a desfiar como um rosário,
Mágoas, dores e angústias que criou.
Muitas Mães suportaram dor atroz
Num trauma que a traição lhes provocou;
E o filho vil da raiva mais feroz
Foi notado na Nação que atraiçoou.
O belo sentimento mais humano
Que designamos de Amor verdadeiro,
Nunca se houve em tal, nem ali morou.
A minha Mãe perdeu-me neste engano
Pelas palavras de tal trapaceiro...
E eu, sou o Filho que voltou!
SOL da Esteva
Aniversário dos acontecimentos de 16Nov1964, na Guerra do Ultramar Português, Guiné-Ilha do Cômo em Homenagem aos Militares do PMort 912 e englobando a CCaç557, que, nessa noite, “fomos” Massacrados, segundo a Notícia/Propaganda difundida na Rádio Argel (Relato na Pág 69 e seguintes do livro "A Guiné no meu tempo"- Edição Chiado Books)
Etiquetas: Poemas de Guerra, Poesia da Vida, Poesia de intervenção, Sonetos, Sou o Filho que voltou!
11 Comentários:
Todas as guerras são injustas. A do Ultramar português não foi exceção. Mortes, estropiados, desaparecidos. Jovens que não pediram para ir para a guerra. Não sei se Portugal ganhou alguma coisa com a Guerra a não ser morte e destruição dos seus jovens homens.
Este poema arrepiou-me. Não estive na Guerra do Ultramar. Tive a sorte de ser um mais novo que o fim dessa guerra. Mas fui militar.
Poema de recordação lindíssimo de ler. Deixo o meu aplauso e elogio
.
Cordiais saudações … feliz fim-de-semana
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Poema intenso, profundo, lindo e o tema guerras é sempre marcante! Parabéns pela inspiração brilhante! abraços, chica
Tempos obscuros de muito sacrifício dos jovens que partiram
para a guerra e das famílias que ficaram com a dor de os
ver partir, quem sabe se os voltaria a ver.
Uma homenagem para não serem esquecidos aqueles que quase
deram a vida e os muitos que por lá ficaram.
Emocionante o seu soneto, caro Sol da Esteva.
Abraço
Olinda
Escreves como quem sentiu e se viu em tais andanças.
Também por lá passei e regressei aos braços de minha mãe.
Recordações cruas que nos ferem ainda sem parança.
Boa tardinha de sábado, amigo Sol de Estevas!
Estive visitando o monumento em.honra,aí ao lado da torre de Belém.
Graças a Deus, sua mãe não chorou!
As guerras são um massacre para elas também.
Tenha um final de semana abençoado!
Abraços fraternos de paz e bem
Palavras profundas num sentido soneto.
Infelizmente quantos jovens pereceram e quantas mães ficaram com o coração dilacerado de dor.
Bom fim de semana
Beijinhos
Um poema que retrata a vida em Ultramar. A tropa dura. Os enganos e desenganos. Por fim as surpresas. Acho que fica um trauma para a vida! Gostei do Poema!
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Não tema... Qualquer tempestade que enfrente ...
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Beijo e um excelente fim de semana :)
Las guerras siempre dividen y destrozan a las familias...
Los pensamientos se dividen y toda una vida se trunca y a veces te preguntas ¿a cambio de que y para quien?
siempre se benefician los que están dando ordenes detrás de una mesa siempre que tengan suerte y no se les descubra el fin...
Un cordial saludo nuevamente amigo!
Mari.
Porque recordar é importante! Uma partilha bem interessante!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
A guerra é o pior e mais abjecto dos absurdos!
Abraço ...e ainda bem que houve regresso...
Um poema que relata as recordações de uma guerra, que me parece ter sido desnecessária. No entanto, na época foi precisa, disseram-me.
Felizmente que voltou vivo e são.
Beijos e dias com paz.
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