Pó e nada mais
Se houvera tanto, na boca, para dizer,
Quanto o que sinto adentro do meu peito,
Um tal tormento finava por defeito
E eu, podia, liberto, reviver.
Mas calarei, bem no fundo, o meu prazer,
Para que a Paz se acolha no seu leito,
Por aliança devida e por direito
A um outro alguém carente de viver.
Farei o meu luto enquanto vegetar,
No sofrimento que aceito sem temor;
Serei sepulcro e nele hei-de habitar.
E a minha Alma, com olhos irreais,
Vive a homenagem daquela simples flor,
Até meu corpo ser pó e nada mais.
SOL da Esteva
Etiquetas: Pó e nada mais, Poemas de Amor, Poesia da Vida, Sonetos
10 Comentários:
..."até sermos pó e nada mais"...
Ainda há muitos que subestimam tal realidade!
Abraço.
Lindo poema. Adoro poesia :)
https://trapeziovermelho.blogspot.pt
Boa mensagem, grande verdade - e ao pó da terra voltaremos
Palavras plenas de um amor de outrora que se tornou imortal.
Maravilhoso soneto
Bom domingo
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Quantas vezes o peito alberga o que de lá não se consegue extravasar!... Sempre belíssimos sonetos!
Boa semana! Bjs
O amor quando atinge toda a sua intensidade, deixa marcas inapagáveis, o que é necessário muita a resignação para poder suportá-las. Belo soneto amigo.
Abraços,
Furtado
Oi, SOL!
Lindo!
Acabas sobrevivendo ao falar através da poesia!
Beijos! =)
Um soneto impressionante.
É um género poético que dominas como poucos.
Sol, um bom fim de semana.
Abraço.
Oi Sol
Ser feliz nas dores da alma é uma resignação de vida.
É bonito e triste.
Beijos no coração
Lua Singular
Que soneto singular, estimado poeta!
Fala-nos de um sacrifício atroz do eu poético, a favor da amada.
É uma coisa que não se deve fazer. uma boa conversa tudo resolve e todos temos o dever de lutar pela felicidade.
Porém, um belíssimo soneto a sua autoria.
Abraço, Sol amigo.
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