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sábado, 20 de junho de 2015

Coberto de Céu





                       

Tenho o meu peito, feito pranto de água,
No voto solene, perene, que chora...
Vivo tristemente, ausente, nesta mágoa
Que ficou no peito (aceito) e ali mora.

Ah, mas não sorrio! O frio que me tem
Gelado no fundo, mundo de ninguém,
Se apossa da Alma (calma pouca sorte!...)
E me faz tremer, doer, a minha morte.

Olho a solidão, o pão que me alimenta.
Revolta sofrer, tremer por ficar só.
E por outro lado, alado, irei partir,
Buscar o dedal ideal do bem sentir,
Volátil no ar, pulsar no fumo e pó,
Fogo-fátuo intenso, penso, me cimenta.

E como vela, desvela-me o olhar
Para além do anel, no fel da escuridão,
Onde os diamantes, amantes, vão ficar
Vigiando seguros, puros, sem cessar,
No bater triste que existe sob o chão.

...Rolo-me de medos, segredos de mar,
Coberto de Céu, por véu, a amortalhar...



SOL da Esteva

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24 Comentários:

Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

embora muito bem rimado, o poema denota uma tristeza profunda.
todos nós partiremos um dia...
a foto está muito bem escolhida, além de ser extremamente bela.
bom fim de semana.
beijo
:)

20 de junho de 2015 às 09:48  
Blogger António Manuel Santos disse...

Uma profunda dor transmitida através de versos e rimas.
Quando a tristeza invade o coração é difícil haver cura mas há e eu quase que vou acreditar que, no teu próximo poema, surgirá uma alegria para combater esta tristeza.
Um abraço cá do Algarve.

20 de junho de 2015 às 12:47  
Anonymous blueshell disse...

É muito triste ter na solidão nosso sustento...
Sei bem o que isso é.

Um beijo em azul

20 de junho de 2015 às 15:36  
Blogger Paulo Francisco disse...

Fui lendo e sentindo uma dor grande, uma solidão vestida de saudade...
Uma bela poesia triste.
abraçogrande

20 de junho de 2015 às 17:03  
Blogger vieira calado disse...

Para além da nostalgia que transparece deste belo poema, realço a imagem "coberto de céu"
Um forte abraço!

20 de junho de 2015 às 17:49  
Blogger Lua Singular disse...

O Sol,
Espero que esteja bem
Falar de morte, todos morreremos um dia. Há seis meses quase morri e ninguém não estaria nem aí. Logo esqueceriam.
Beijos

20 de junho de 2015 às 21:22  
Blogger Célia disse...

A água simboliza a pureza, a vida, o renascer... Que limpe as agruras desse amor, não muito correspondido e, prepare o solo para outros nascerem. Há um coração sedento que irrigar-se-á de meiga emoção!
Abraço.

20 de junho de 2015 às 21:49  
Blogger Mar Arável disse...

Tantos são os azuis

20 de junho de 2015 às 21:58  
Anonymous GLUOSNIS disse...

Boa tarde SOL da Esteva !
Que lindo texto e teu blog esta lindo !

Um abraco, SOL e bom domingo !

- GLUOSNIS - LITUANIA

21 de junho de 2015 às 14:03  
Blogger Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, é indesmentível que a partir do momento que nascemos, caminhamos no tempo decrescente até a degradação total, gosto dos poemas sentidos, foi o caso.
AG

22 de junho de 2015 às 17:10  
Blogger Mariangela l. Vieira - "Vida", o meu maior presente. disse...

No meio da nebulosidade, renascerá o brilho da luz!
Lindo poema sol.
Beijos,
Mariangela

22 de junho de 2015 às 20:28  
Blogger Gracita disse...

Nada é cinza para sempre. Neste entremeio o sol brilha, o sorriso volva ao lábios e coração se enternece de amor. Belíssimo poema amigo Sol
Beijos e carinhos

22 de junho de 2015 às 22:11  
Blogger Janita disse...

Um dedal de bem-sentir num mar de solidão!

Só tu saberias escrever com tanto sentimento o que sente um coração solitário, SOL.

Um poeta escreve o que sente ou o que pensa? O que gostaria de possuir ou o que alcançou e perdeu?

Adorei a imagem! Fico fascinada quando olho para o céu e vejo esses bandos de andorinhas a ondular por entre nuvens, como vagas, num constante vai-vem.

Muitos belos e quase sempre tristes e saudosos os teus poemas, amigo SOL.

Beijinhos.

Janita

22 de junho de 2015 às 22:26  
Blogger Vera Lúcia disse...

Olá Sol,

Tristeza e solidão traduzidas de forma profunda e intensa. O poema foi talentosamente construído.

Linda a imagem.

Feliz semana.

Abraço.

23 de junho de 2015 às 01:49  
Blogger São disse...

"No fel da escuridão" parece andar a maior parte da Humanidade...

Boa semana :)

23 de junho de 2015 às 12:04  
Blogger MARILENE disse...

Apesar de lindo, seu poema traça um caminho de tristeza e dor, que nos sensibiliza. Gostei muito! Bjs.

23 de junho de 2015 às 20:31  
Blogger Manuel disse...

Andei um pouco afastado a vida tem fases que pouco, ou nenhum tempo nos deixa.
Mas hoje voltei e li três magníficos poemas que me compensam, em parte, esta ausência,
Continuas sempre sonhador, naquela linha a que nos vens habituando.
Dolorido, por vezes desiludido, mas sempre apaixonado.
Um abraço

24 de junho de 2015 às 19:26  
Anonymous Helena disse...

Sol, meu querido amigo, li com atenção e carinho os teus últimos poemas e deixei que a alma se inebriasse com a delicadeza do teu sentir em tão belos versos. Sensibilizei-me com as indagações do poema Porque é que eu não sabia? Que criança um dia já não se viu frente aos mistérios da vida e fez indagações como esta? Feliz de quem teve um adulto que pelo menos tentasse mitigar a sede de saber que por vezes atormentavam essas almas tão delicadas para os mistérios do mundo.
Gostei muito da foto que ilustra o poema. É sempre bonito e terno o gesto de juntar as mãos em oração, principalmente vindo de uma criança.
Quanto ao poema atual, doeu-me também a tristeza nele impressa. Espero que seja apenas uma produção poética, um sentir apenas imaginado na tua alma. Se assim for, que bela criação literária!
De qualquer forma, amigo querido, que o punhado de sorrisos que te deixo possa fazer um ninho de estrelas no teu coração e deixar ali aconchegada a alegria e o entusiasmo pela vida.
Com carinho,
Helena

25 de junho de 2015 às 01:16  
Blogger CÉU disse...

Muito bem escrito e de excelente reflexão, meu querido amigo SOL.
Qdo o poeta escreve, "morre" no poema, mas, amanhã ou depois, volta a viver.
Mágoas, delírios, desilusões, mas o céu é o nosso teto, sempre.
Beijos, com estima e consideração.

26 de junho de 2015 às 11:52  
Blogger Jossara Bes disse...

Querido amigo, Sol!
Cada poesia é um cântico a algum sentimento que por vezes perpassa o coração do Poeta!
Uma homenagem ao sentir!
E enquanto por cá estivermos...
Beijo carinhoso!

26 de junho de 2015 às 12:38  
Blogger Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, poema é lindo. escolhe o caminho da tristeza, na próxima curva o caminho será o da felicidade.
Bom fim se semana
AG

26 de junho de 2015 às 14:43  
Blogger Odete Ferreira disse...

Um poema muito sentido, carregado de emoção e dor. Toca-nos por isso mas também pela beleza que ressalta na construção poética.
Bjo, Sol

26 de junho de 2015 às 19:16  
Blogger Olinda Melo disse...

Quando a solidão assola os recantos da nossa Alma ficamos mais frágeis. Tudo nos parece triste e confuso.E encontrar o caminho da felicidade é o desafio.

Abraço.

Olinda

27 de junho de 2015 às 13:37  
Blogger Lua Singular disse...

Oi Sol,
Tenho muito medo da escuridão, mas um dia todos se encontrarão no fim do túnel, numa vida sem sofrimento e a dor da carne(esta é a pior).
Desculpa-me por não ter vindo a semana passada, pois só aqui eu venho, pois estou só respondendo, já deve imaginar o porquê.
Beijos

1 de julho de 2015 às 17:00  

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