SEJAM MUITO BEM VINDOS A ESTE BLOG!--------ABRAÇOS,------SOL da Esteva

sábado, 17 de novembro de 2012

A Pátria sou eu, és tu...






                       ...Foi há 48 anos!...



"[...]os bravos de um Pelotão de Morteiros, o 912, que nunca existiu..."


"[...]
A 16 de Novembro de 1964, avistei dois charutos estampados no escuro do céu, de forma difusa, que aparentavam dois cigarros acesos atirados ao ar, desde o fundo do aquartelamento. A recriação, mais ou menos fiel dos Fortes de defesa contra os Índios, em que a paliçada era construída de troncos de Palmeira, que, como se sabe, são moles e duram cerca de três meses; aquelas tinham mais que isso. Portanto, eram apenas uma defesa psicológica.

Acordei. A Rádio Portugal Livre (*) havia sido extremamente suave e comedida no seu estilo linguístico.
-Fogo! Rápido!

Os objectivos estavam todos (todos, mesmo) planeados, para obstar a continuação do fogo de Morteiro. E assim foi. Mas o caso era muito mais sério, porque deslocaram para a orla da mata muitas metralhadoras pesadas (incluindo quádruplas, destinadas a tiro antiaéreo) que nos fizeram lembrar que o pior estava para vir. A densidade de fogo era tamanha que a iluminação e as antenas do Posto de Transmissões foram destruídas. Chegaram a ter metralhadoras pesadas no perímetro interior do arame farpado (havia duas barreiras aos 30 e 60 metros).

Bem, chuva miudinha, molha tola, e as calças do camuflado completamente secas. Demos o nosso melhor, fazendo tiro, a olho, para os locais em que as pesadas cantavam e chegamos até ao incrível (perigoso e inseguro, embora tivesse a consciência disso) de fazer fogo para as pesadas, dentro do perímetro de segurança. Tínhamos os Morteiros sobreaquecidos, alaranjados…

O inesperado aconteceu. Uma granada não percutiu. Tirei o blusão do camuflado e fui afastado pelo cabo e dois soldados que me pediram para continuar com os outros dois Morteiros. A munição foi retirada com sucesso; no entanto, por precaução, colocamos a arma fora de serviço. Quando arrefecesse, logo se veria.

Foram 216 granadas, durante as duas e horas e vinte que durou o ataque. Depois, de repente, o silêncio expectante e caricato da noite africana.

Apenas nos restavam munições para, naquele ritmo de fogo, mais cerca de 15 minutos. Se não fora a batota calculada... Aguardámos algum tempo e tentámos, mais vigilantes pela falha na iluminação exterior, retomar o nosso ritmo normal no meio dum escuro e sepulcral silêncio.

Voltamos ao Noticiário da Rádio Portugal Livre (*), que estava prestes a começar. Uma gargalhada geral ecoou por aquelas bandas. Não é que o ilustre locutor (**) nosso conhecido, acabara de declamar: ”A Ilha do Como acaba de ser libertada. As tropas colonialistas foram completamente derrotadas. Não há sobreviventes.”
- Então, eu estou morto!
"[...]"

 
(*) Rádio Voz da Liberdade
(**) Manuel Alegre


 Para ler todo o Relato, p.f.colar e seguir o Link



(em LIVRO PDF, extraível)
http://ultramar.terraweb.biz/Livros/SantosOliveira/PelMort912_upd3.pdfhttp://ultramar.terraweb.biz/Livros/SantosOliveira/PelMort912_upd3.pdf  
 
Ou,  

http://carlosilva-guine.com/index.php?option=com_content&view=article&id=75&showall=1

 

 

A Pátria, sou eu, és tu...




Me envergonha a vaidade            
E me orgulho, poder tê-la.
Esta, a Noite da Verdade,               
A minha dualidade                      
Salvou, em vez de perdê-la,
(A Vida) na minha idade…             

Valente, gente, valeu
O que vale aos vinte e três…
Infantes, melhores do que eu,
Que nesta noite de breu
Tanto porfiou e fez
Que a minh’alma cresceu…

Aqui, na ilha do Cômo
De mata densa e fechada,
E lama, e moscas, e nada...
O Quartel é um assomo
De uma frágil paliçada.

As Armas quase fundiam
De tanto fogo lançar.
Portaram-se como deviam;
Agora, vão descansar.

E eu, terei de esconder
A verdade da façanha,
Pois me houve alguma manha
Em guardar as munições
Para tais ocasiões...

Com a Lei em trinta e seis,
(Um valor pouco seguro
Para defesa no escuro)
Duzentas e dezasseis
Partiram p’la Boca fora
E mandaram tudo embora…

Destroçados, acabrunhados,
Depois de muitos minutos,
(Quase na terceira hora)
Mais molhados que enxutos,
Partiram sem um lamento
Deixando, por testamento,
Não haverem mais Soldados,
No local onde me sento.

Morto não sou, porque vivo
E isto escrevo e digo!

As traições a camaradas
Não se apagam nem esquecem
Por mais ou menos palavras
Ou actos que imerecem.

A Pátria, sou eu, és tu
E não qualquer Belzebu.


Santos Oliveira

Ilha do Cômo/Guiné
17NOV64

Etiquetas: , , ,

45 Comentários:

Blogger ELAINE disse...

Linda poesia, meu amigo! Profundo carinho e desabafo.... Realmente, a Pátria sou eu, és tu.... Nós somos a Pátria e somos quem menos direitos tem.... Pátria amada, moras em meu peito e em meu coração! Infelizmente não estou conseguindo visitar a todos como gostaria....Já vou pedindo desculpas se vez ou outra me demorar um pouco mais a aparecer.... Mas eu volto!
Obrigada pelo carinho e pela gentileza!
Um abençoado fim de semana!
Abraço fraterno e carinhoso!
Elaine Averbuch Neves
http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/

17 de novembro de 2012 às 01:05  
Blogger Dora Regina disse...

[...]Morto não sou, porque vivo
E isto escrevo e digo![...]

Sua vida é o maior tesouro que você possui!
Tudo de bom pra você...Abraços!

17 de novembro de 2012 às 01:17  
Blogger lis disse...

Oi Sol
Passando pra deixar um abraço e matar saudade dos seus poemas.
bom fim de semana

17 de novembro de 2012 às 01:53  
Blogger Jossara Bes disse...

Oi, Sol!

O que leva dentro do coração, pertence a si!
Creio ter sido uma experiência "penosa" por demais, "que não
se apagam e nem se esquecem"!
Lembranças!
Então, comemore a vida! Afinal, está vivo!
Graças a Deus!
Beijos!

17 de novembro de 2012 às 10:10  
Blogger Magia da Inês disse...

¸.•°✿⊱╮

Bom fim de semana, amigo!
Beijinhos.
Brasil.
¸.•°✿⊱╮
✿ °•.¸

17 de novembro de 2012 às 10:53  
Blogger Mariangela l. Vieira - "Vida", o meu maior presente. disse...

Lindíssima poesia querido amigo! E que experiência heim?
Que benção de Deus ter sobrevivido! É uma graça que deve sempre agradecer e comemorar, afinal a sua vida é uma grande dádiva e viva a vitória de estar vivo!
Beijos Sol!
Mariangela

17 de novembro de 2012 às 12:04  
Blogger Sandra Subtil disse...

A pátria? Vai de mal a pior. Penso que se tem desvalorizado esta palavra e o verdadeiro sentido patriótico. Tornamo-nos joguetes nas mãos dos endinheirados.
É hora de fazermos ouvir a nossa voz!
Beijinho ( desculpa o desabafo, mas ando revoltada com a atual situação económica e social)

17 de novembro de 2012 às 12:18  
Blogger Célia disse...

SOL! Excelente, politizado ao extremo seu poema e artigo acima citado. Somos nós realmente que fazemos da nossa PÁTRIA melhor ou pior. Depende de nossas ações e ótica!
Abraço patriótico. Célia.

17 de novembro de 2012 às 13:08  
Blogger José Botelho Colaço disse...

Revejo-me neste teu poema naquela longínqua noite de 16/11/1964 tu com as tuas armas a vomitarem fogo e eu com a minha arma a das transmissões silenciada devido a antena exterior ter sido danificada.

Um abraço.
Colaço.

17 de novembro de 2012 às 13:12  
Anonymous Anónimo disse...

Apetece-me dizer que a Pátria somos todos nós, mas mais, sou "eu" e "tu", estes dois, tenho a certeza, porque estivemos lá e agora estamos cá.
Outros que por lá passaram, ao que acabo de ler, são os que descrevem a Pátria como se fossem eles, os seus defensores.
Mas mais do que isso, nós estamos cá para contar, tal como acabas de descrever.
Parabéns ao Santos Oliveira.
Para ti, Sol da Esteva, aqui vai o meu abraço cá do Algarve.

17 de novembro de 2012 às 13:15  
Anonymous Anónimo disse...

Caro camarada ex-combatente na Guiné.
Gostei imenso de ler a sua poesia, em especial este
poema referente a nossa pátria. Que nós defendemos a
todo o custo por terras de Africa! Eu também estive
na Guiné de 1966 a 1968. Pertencia aos Fuzileiros, mas
primeiro estive em Moçambique de 1963 a 1965.
Dada a minha admiração por este seu poema, vou plagiá-lo
e pôr no meu blogue com o título "Ecos de VIla Flor".
A fim de divulgar mais a sua bonita poesia. Mas o seu nome
ficará inserto no fim do poema tal com está. Por isso é
um semi-plágio.
De futuro serei um leitor do seu blogue.
um abraço.
Rafael SOuza

17 de novembro de 2012 às 13:38  
Blogger São disse...

A Pátria, a nação, o país somos nós no colectico e individualmente, concordo. Por isso, afirmo que na destruição a que Portugal está sendo sujeito de propósito não existem inocentes, Desgraçadamente!

Um bom fim de semana

17 de novembro de 2012 às 14:14  
Blogger Edum@nes disse...

A Pátria, sou eu, és tu
Maltratados são quem a defendeu
Desprezado e nu
Enterrado na terra fria quem por ela morreu!

Na Guiné, em Angola ou Moçambique
Muitas vidas se perderam
Que alheio às injustiças ninguém fique
Dos novos políticos que a realidade não prenderam!

Bom fim semana para você,
amigo Sol da Esteja,
um abraço
Eduardo.

17 de novembro de 2012 às 16:25  
Blogger Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Tempos que deixaram marcas...
Sublime a conjugação de palavras no poema!
Abraço

17 de novembro de 2012 às 21:57  
Anonymous Anónimo disse...

Mi querido Sol te felicito por tu post, fue muy enriquecedor leete.
Te dejo un fuerte abrazo, buen fin de semana!

17 de novembro de 2012 às 23:10  
Blogger Lua Singular disse...

Oi Sol
Quantas lembranças tristes, isso não faz bem, mas não há como não relembrar essas atrocidades
Foi Valente!!!
Beijos
Lua Singular

17 de novembro de 2012 às 23:22  
Blogger Unknown disse...

E será que hoje ainda esse espírito
de sacrifício e de amor à Pátria?
Belo Sol .Muito belo
Parabéns
Abr

18 de novembro de 2012 às 01:53  
Blogger Vera Luiza SVaz - maudepoesia.blogspot.com disse...

Meu querido Sol, as guerras fazem marcas indeléveis nos corpos, nas almas, nas vidas de todos, de perto, de longe.
Impossível ser outra vez o mesmo, ter o olhar de novo leve. Ter o coração com alegria, muitas lágrimas nos consomem...
Trato de ser otimista, essa é minha natureza, foi sempre, mas os duros desentendimentos humanos, pelos mais diversos e tantas vezes inúteis motivos, nos causam imensa dor e quase impossibilitam a vida...
Como não sou de desistir, fico a poetar e tentar viver com serenidade, influenciando tudo que posso pelo entendimento, pela felicidade, pela vida com justiça e qualidade a todos, porque estamos neste plano para sermos felizes, aprendizes de contentamento e livres como o vento...
Abraço!

18 de novembro de 2012 às 12:56  
Blogger La Gata Coqueta disse...

De todas las batallas
Por muy crudas que fueren
Aun no saliendo vencedores
Nos motivan a continuar creciendo

Un abrazo deseando que el comienzo de semana sea impecable para ti y los amigos que te acompañan.

Atte.
Maria Del Carmen

19 de novembro de 2012 às 00:48  
Blogger Manuel disse...

Belíssima e muito real a descrição daquela noite 16/11/1964, e sobretudo, o melhor é o facto de poder estar, hoje, aqui a compartilhar com todos nós.
O poema tem uma mensagem que não pode passar despercebida.
Um abraço e parabéns pela dignidade.

19 de novembro de 2012 às 14:12  
Blogger Smareis disse...

Olá Sol,
Que postagem rica em informação.Uma época que deve ter deixado muitas marcas.
A poesia é Magnífica!
Grande abraço amigo!
Ótima semana!

19 de novembro de 2012 às 17:12  
Blogger ELAINE disse...

Meu amigo querido! Passando de novo, relendo e absorvendo mais um pouco.... Agradecendo sempre o carinho e comentário gentil! Também me desculpando por muitas vezes demorar para aparecer..... Está cada vez mais difícil visitar a “todos” como gostaria.... Tenho tentado alternar e demora.... Mas eu volto!....
Aproveitando pra desejar um Natal iluminado pelo brilho da Estrela de Belém! Que o amor do Cristo se faça sentir em todos os corações, abençoando todos os dias do ano vindouro!
Um início de semana de muita paz e alegria!
Abraço fraterno e carinhoso!
Elaine Averbuch Neves
http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/

19 de novembro de 2012 às 18:49  
Blogger Julio Vilar pereira Pinto disse...

Um abrço Sol, já sabes que admiro a tua poesia e tudo o que fizeste na Guiné, lutaste como um GRANDE PORTUGUÊS e como teu grupo e VALENTES, vencestes uma das mais duras batalhas da Guiné,mas as medalhas são sempre para ou do ar condicionado. Viva Todos os milicianos que estiveram na guerra do Ultramar assim como os nossos briosos soldados. Viva Portugal.

20 de novembro de 2012 às 14:53  
Blogger Nilson Barcelli disse...

A Guiné foi o mais difícil que houve da guerra colonial.
Excelente post.
Um abraço, caro amigo.

20 de novembro de 2012 às 23:19  
Anonymous Anónimo disse...

Meu amigo
Tens toda a razão e vivo estás!
Mas pergunto :-
Quem é o poeta?
È o belzebu...
Ou és tu ??
Maravilha de escrito, não posso nem ver o "faceas" do Belzebu na TV pois mudo logo de canal; outro dia, estava em todos os Canais.
Chiça !!!

Rui Santos

21 de novembro de 2012 às 15:00  
Anonymous Anónimo disse...

Caro Santos Oliveira,

Fico-te imensamente grato por teres vindo até à minha companhia.
Na verdade, acordei com este lindo poema, para de imediato ir até ao blogue do Carlos Silva.
Algo nos une, embora em épocas diferentes, pisamos o mesmo solo guineense. Também passei por Tite e São João.

De Manuel Alegre, (políticas aparte) fica-me o sabor amargo de ver o meu País permitir que esse indivíduo se sente na Assembleia da República e concorra ao mais alto cargo cívico da Nação.

Haja saúde!

Abraço,
José Câmara

21 de novembro de 2012 às 15:05  
Anonymous Anónimo disse...

Santos Oliveira, boa noite :

Simplesmente genial!
Ninguém, como todos os nossos camaradas, sabem dar o devido "valor" o que foi a guerra no Ultramar e o que ainda estará por contar.
O poema é lindíssimo.
Quanto ao candidato a PR nem quero comentar, simplesmente, não "conheço".

Um abraço

Domingos Soares

21 de novembro de 2012 às 17:42  
Blogger Olinda Melo disse...


Caro Sol

Excelente a inserção destas memórias porque é preciso não esquecer o passado, os jovens daquela altura, os sacrifícios, a luta em prol de políticas que, ao fim e ao cabo, eram insustentáveis. Que o passado sirva de reflexão aos governantes de agora e saibam tomar decisões consentâneas com a Pátria que somos.

Obrigada, meu amigo,pela disponibilização do texto e do poema, enriquecendo-nos assim com as suas palavras e as suas emoções.

Abraço

Olinda

21 de novembro de 2012 às 17:46  
Blogger Luana Barcelos Dantas disse...

Sempre uma viagem estar aqui...bom lembrar do patriotismo perdido..beijos

21 de novembro de 2012 às 20:48  
Blogger verinha disse...

Boa noite!

Passando para te parabenizar pelo belo trabalho elaborado aqui no seu espaço.

um grande abraço
vera portella

21 de novembro de 2012 às 21:44  
Blogger Lilá(s) disse...

Tempos bem difíceis e dolorosos é assim que recordo, apesar de ser muito pequena sofria-se em minha casa pelo meu irmão na Guiné...
Bjs

22 de novembro de 2012 às 00:43  
Anonymous Anónimo disse...

Meu Caro Camarada,

Sou teu contemporâneo da guerra na Guiné.

Conheço a saga heróica do Pel Mort 912 que creio ter estado estacionado em Tite e daí se ter deslocado
para vários teatros de operações.
Ilha do Como, Cufar Nalu, Cantanhês, Jabadá e creio que também Guileje (não tenho a certeza).

Em relação à reacção ao ataque à Secção do Pel Mort.912 por ti brilhantemente comandada na Ilha do Como,
quero dizer-te que devo ter sido o primeiro militar, fora da zona de operações, a conhecê-la.
Em Bolama, no Agr. 17, fui eu que decifrou o RELIM enviado pelo Bat. Caç 619 para o CMDT do Comando do Agr 17, fazendo o relato do ataque e a reacção da tua Secção.

Com 48 anos de atraso quero felicitar-te pela tua postura e capacidade de conduzir homens.
Não é comandante quem quer.
É COMANDANTE quem é capaz de transmitir confiança aos seus subordinados e estes o seguem sem hesitarem nem que seja para a morte.

No que respeita aos pregos que o meu amigo Manel Alegre espetava em falso, não sei se te lembras daquela Notícia:
- “As forças do P.A.I.G.C atacaram o Caminho de Ferro que liga Bissau a Bafatá, destruíram 20 km. de via e duas composições.”

Uma vez, tive a oportunidade de lhe falar sobre o assunto e dizer-lhe que na Guiné não havia Caminho de Ferro.
Ele riu-se e disse-me:
- Meu caro camarada, na guerra que travava-mos pela liberdade, valia tudo!

Nisso a Rádio Portugal Livre e os órgãos de informação portugueses ( E. N. e R.T.P.) equivaliam-se.


Cumprimentos.

Francisco Cardoso.

22 de novembro de 2012 às 11:29  
Blogger anita sereno disse...

ola bom dia
ja la vai o tempo que ainda pequena e memoria suficiente me recordo
da guerra em meu pais Moçambique
como diz e é bem verdade as coisas não se esquecem porque eu jamais esquecerei
quem tudo da minha vida levou pela maldita patriota a revolução a guerra que devastou a minha terra e nele levar também meus pais para sempre memorias que retrata um pais tão lindo mas atormentado na minha memoria pela macabras morte manchada pelo sangue dos pobres inocentes um bem aja para ti e a boa memoria e o poder das palavras como que entregas no teu texto beijinhos

22 de novembro de 2012 às 12:10  
Blogger Carolina disse...

Ola Sol, excelente descricao da aquela historica noite. A guerra e a mais grande escola da humanidade... infelizmente.
Cada um e todos sao a Patria. E recuerdo, amor, dor... e tudo!
Beijos, tenha um lindo dia.

22 de novembro de 2012 às 16:28  
Blogger Lídia disse...

MUITO BONITO!!!

PARABÉNS SOL!!!

1 BEIJO LÍDIA

22 de novembro de 2012 às 17:51  
Blogger Zilani Célia disse...

OI SOL!
CONSIDERO AS GUERRAS A DEMONSTRAÇÃO MAIOR DA FALTA DE DIÁLOGO E ENTENDIMENTO ENTRE OS HOMENS, QUE LUTAM POR TERRAS, POR PODER E POR TUDO O MAIS QUE POSSA GERAR ALGUM TIPO DE VANTAGEM.
AS GUERRAS DO PASSADO ATÉ SE PODE ENTENDER, MAS AS DE HOJE EM DIA SÃO O CÚMULO.
SEI QUE TEU TEXTO SE REFERE A ALGUMA EM ESPECIAL, QUE NÃO CAPTEI E POSSO TE DIZER QUE O TEXTO EM SI ESTÁ LINDO E NÃO TEM COMO NEGARMOS O VALOR DE NOSSOS ANTEPASSADOS QUE TIVERAM DE SE ARRISCAR A MORRER OU A MATAR PARA PREPARAR O QUE TEMOS HOJE, POIS ERA ASSIM QUE AS COISAS FUNCIONAVAM.
ABRÇS
zilanicelia.blogspot.com.br/
Click AQUI

22 de novembro de 2012 às 18:22  
Blogger Teresa Almeida disse...

Boa tarde, amigo sol da esteva.
Obrigada pelo excelente poema e pela descrição de um pedaço da guerra colonial. Não se apagará o sofrimento da Pátria, porque "a Pátria sou eu, és tu..."
Conheço, através de slides, a Guiné pantanosa, alguns costumes, assim como outros relatos desse tempo de guerra. Sei da emoção que nunca abandonará quem a viveu na pele.
"Me envergonha a vaidade
E me orgulho, poder tê-la."
Um grande abraço de parabéns.

22 de novembro de 2012 às 18:42  
Blogger Luna disse...

Tanto sofrimento, tantas vidas perdidas estropiadas, para quê? ainda hoje o sofrimento impera e para quê.
beijo

22 de novembro de 2012 às 19:07  
Anonymous Anónimo disse...

Meu caro Camarada

Para mim é uma honra tudo o que escrevi sobre a tua pessoa e sobre o PEL MORT 912 .

Ainda, por referência ao que se passou à posteriori da tua acção, meu Caro Camarada, foi um tema muito controverso.

Assim:
Porque será que os obuses estacionados em Catió estiveram “calados”?
Faltavam coordenadas de tiro?
Não se acreditou na reacção da tua secção ?
Não tinham o direito de não acreditar.
Não achas estranho que, à época as N.T., apesar do arreganho dos guerrilheiros do P.A.I.G.C., ainda mantinham a iniciativa operacional, o CMDT do 619 se tenha quedado numa inacção no mínimo incompreensiva?
Porra, ele era, creio eu, Tenente Coronel…

Nunca perguntaste a ti próprio porque que é que depois do PEL MORT 912 ter regressado a Portugal o Comandante Chefe do C.T.I.G. te pôs, contra a tua vontade, na “engorda” em em Bissau?

Sabes qual era e é a maior instituição em Portugal?
A inveja.
Por isso eu dizia: Liderar, Comandar, Inspirar Confiança não é para quem quer; e eles sabiam isso.
Sabes perfeitamente que Guerra do Ultramar, nas três frentes: Angola,Guiné e Moçambique, era contemporânea da Guerra do Vietname.
Quantos oficiais de patente superior à de Capitão viste comandar tropas em Operações nas três frentes? Nenhum, claro! Desculpa, minto. Um em Angola, o Comandante do Batalhão de Caçadores 96, Tenente Coronel Massanita; enquanto no Vietname as frentes de combate eram comandadas por Oficiais Superiores e muitas vezes por Oficiais Generais.

A guerra que travamos era uma guerra de capitães, Oficiais Subalternos, Sargentos e Praças, quase todos, uns 99%, Milicianos.

A guerra dos Oficiais Superiores era outra. Era a guerra do Zé das Medalhas.

Claro que um Furrielzito, (desculpa o termo) chega à Guiné a meio da Comissão de uma (PU) Sub Unidade, integra-se com competência e arrasta atrás de si o querer e a confiança dos seus homens, não iria cair nas boas graças da Brigada do Reumático.

Houveram, de facto, várias mensagens trocadas e que eram relacionadas com o sucedido, entre o Cmdt do 619 o Cmdt do Agr 17 e o CEMFA.

Acredita que, nas várias situações, estivemos sempre convosco, sofremos a incerteza e choramos de alegria com o desfecho da situação.

Não penses que sou antimilitarista militante, tive a honra de privar na Guiné e, mais tarde, em Moçambique, com Oficiais e Sub-Oficiais brilhantes e não foram poucos.

Não estou aqui a escrever fazendo um frete.

Também conheci (conheço) um Primeiro Cabo Operador Cripto, que durante quatro dias e quatro noites não dormiu, encharcou-se de cafeína até ao ponto de nunca mais na vida poder tomar a bebida que mais gostava, o café.
Conseguiu (consegui) decifrar uma Mensagem do IN, o que levou a desencadear diversas Operações bem sucedidas.
Quando terminou a Comissão, na hora dos Louvores, ninguém se lembrou dele porque era “revilharista”.
Bom, isso já são outras histórias.

Meu Caro Camarada, deixo-te um grande abraço e como sou um jovem de setenta anos vou fazer ò-ò.


Sempre ao dispor e um abraço

Francisco de Almeida Cardoso
1º Cabo Op. Cripto, Nº 3374/63

22 de novembro de 2012 às 20:58  
Blogger Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido amigo

Um relato muito verdadeiro sobre a guerra colonial...que EXISTIU mesmo e que ceifou tantas vidas e destruiu outras tantas.
Foram sempre bravos os nossos soldados, eu estive em Angola no Luso e sei bem o que se passava lá, embora que no pensar dos civis não havia guerra, foi uma das coisas que mais me impressionou.

Um beijinho com carinho
Sonhadora

22 de novembro de 2012 às 21:34  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

relatos que fazem parte da historia e que deixaram muitas marcas...


um bom fim de semana

beijo.

23 de novembro de 2012 às 14:55  
Blogger Magia da Inês disse...

♡¸.•°
Olá, amigo!

Bom fim de semana!
Beijinhos do Brasil

✿ °•.¸♡¸.•°✿

23 de novembro de 2012 às 21:22  
Blogger Canto da Boca disse...

E qual o seu balanço ainda mais pessoal?

25 de novembro de 2012 às 12:00  
Blogger Rozeter disse...

É verdade companheiro a Pátria somos todos nós!!!!!!!!!!!!!1


Deus abençoe Meus companheiros
Deus abençoe os portugueses,
Dedico esta canção aos militares portugueses
Estiveram nos Topo 100% mostraram
Seu desempenho
Pela nação em terras africanas
Defendemos o nome de Portugal
Ação de Graças-e temático.
Abraço meus companheiros
Vem da minha Alma, vem do interior,
Vem do Coração
Não duvidamos somos os heróis do passado
Nossos sentimentos para todos os países,
Que perderam os seus filhos
Recebendo de nós uma ovação de pé
Também para os evacuados
Para todos os que lutaram
Ao serviço da Nação
Há algo de especial em nós
Nas nossas vidas
Lançamos com afinco
Firme determinação ao cumprimos a missão
Ao serviço da nação
Carlos Janeiro Pombo
ABÇ

8 de dezembro de 2012 às 14:08  
Blogger Rozeter disse...

Entre o zumbido e a fumaça que se esvai em céu tão límpido e tão utópico nós engasgados com tóxico ar quente pelas as matas e sem termos pouso certo continuamos vaganeando sem perspetiva como as gotas dos nossos suores que ardem entre iris e a retina, vaganeando o organismo a dentro Assim como saturno engolira seus filhos, um a um, assim o governo engole um a um de seu jovens, sem poder e sem ética, sem alegria, sem vontade de lutarem, em que até os os passarinhos se riam, nosso companheiros se untam em excessos nas navegações pelo o oceano até ás terras desconhecidas,
A fumaça e os zumbidos e as explosões invade os nossos pensamentos, esturra as ideias sofrídas, cria camadas negras, fuligem que cai nos nossos rostos as lágrimas do nossos corpos, fuligem e caiem sob terra vermelha,, E lá no puto mentiras que adejam o infinito céu azul que circunda o ultramar é nosso e imprecisa terra amada. Quem precisa engolir esta fumaça, quem precisa asfixiar-se assim, quem precisa pisar esta terra, quem
Teu poema é limdo!

precisa deste aquecimento entre labaredas e fumaça? Ninguém precisa, ninguém pode enxergar além da fumaça, tudo que vêm são as muletas e o caixão negro, caminhamos em união, o show pirotécnico ateou fogo na terra amada, restou as nuvens dos inimigos, Agora chegou o momento é de apagar todo os nossos traumas e varrer todo o corpo, e limpar nossas almas sacudir nossas cabeças dar volta até chegarmos até ás nossas terras, (natal)!
Abraço

30 de julho de 2013 às 21:19  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial